quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Essa rua, nossa rua.

Tão irônico eu aqui , nessa mesma rua , nessa noite fechada de sexta-feira.
Caminhando e me lembrando de alguns meses atrás. Pra ser sincera ,as flores murchas continuam murchas. E os galhos secos continuam soando a mesma canção amedrontadora daquela noite.
A calçada tem as mesmas folhas, úmidas ,que grudam nos sapatos já gastos, desde a última vez.
Parece que o tempo não castigou o lugar, apenas á mim. Estou aqui de volta, porém diferente desta rua, incompleta.

Eu estava rindo feito uma tonta, tonta de paixão. Morta de cansaço , com meus pés descalços.
Eu estava rodopiando pelos postes, sendo corroída pela ferida que você abria, em carne viva ,em meu coração.
Eu estava rabiscada pelo corpo todo, feito tatuagem, pelas suas mãos tão quentes e úmidas.
Hoje eu estou aqui, seguindo meu caminho, calçada, envelopada , amargurada...

Quase não acreditei .Quando enfim o sol descansa, a lua sai feito criança e você veio me ver.
Tirei os meus sapatos, rasguei os teus retratos mas guardei outra foto, que tirei bem ali.

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